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Dor na amamentação

Dor na amamentação

Uma das principais queixas nos primeiros dias pós-parto é a dor que a amamentação pode causar na mulher. Um dos motivos mais comuns para essa dor é falta de “encaixe” entre a boca do bebê e o peito, o que chamamos de pega. Além disso, os ductos da mama, por onde o leite passa, nos primeiros dias ainda são muito estreitos e vão se adaptando ao longo do tempo.

Também pode acontecer da mulher sentir o que chamamos de reflexo da descida do leite, ou reflexo da ejeção do leite, que causa um pouco de dor nos seios quando eles estiverem se enchendo antes de uma próxima mamada.

O importante é que a mulher procure ajuda médica se achar necessário, para orientação e também para descartar problemas mais graves, como a mastite (entupimento dos ductos que podem causar vermelhidão, dor, enrijecimento, inflamação nos seios e febre alta).

A amamentação é o momento de maior ligação entre a mãe o bebê; além disso, o leite materno contém tudo o que a criança precisa para crescer e se desenvolver com saúde. Portanto, mesmo que seja difícil nos primeiros dias, é imprescindível insistir e não desistir do ato de amamentar!

O papel da tireoide na gestação

O papel da tireoide na gestação

Vamos começar esse artigo explicando o que é e para que serve a tireoide em nosso corpo: resumidamente, ela é uma glândula que fica localizada na altura do pescoço e produz dois hormônios (o T3 e o T4) essenciais para o metabolismo energético do organismo, isto é, para manter as funções vitais do organismo e também a temperatura do corpo sempre em torno de 36,5 °C. Durante a gestação, a tireoide tem um papel importantíssimo, favorecendo a fecundação e também ajudando a “segurar” o embrião no útero.

 

O hipotireoidismo ocorre quando a glândula não produz quantidade de hormônios suficiente e é frequente entre as mulheres, especialmente a sua versão que não tem sintomas evidentes. O quadro clínico não é específico, e os sintomas são facilmente confundidos com alterações próprias da gestação como cansaço e ganho de peso inexplicável. E, justamente porque não apresenta os sintomas de deficiência dos hormônios tireoidianos, a mulher pode enfrentar complicações ao longo da gestação.

 

Durante a gravidez, a glândula precisa fabricar até 50% mais hormônio para dar conta tanto da mãe quanto do bebê. Se ela não funciona o suficiente, o risco de perda do bebê cresce até três vezes.

 

Para evitar esse tipo de complicação, o médico deve solicitar o teste hormonal antes mesmo da mulher decidir engravidar, ou durante o pré-natal. Se for constatado que ela tem o distúrbio, basta introduzir a correção com hormônios e fazer um acompanhamento de perto com um endocrinologista, visto que será preciso ajustar as dosagens ao longo da gravidez.

 

Mas são todas as mulheres que devem fazer o exame de tireoide antes de engravidar?

 

É recomendado que apenas as que tenham histórico familiar para a doença, que têm alguma outra doença autoimune – por exemplo, diabetes, vitiligo, artrite reumatoide ou lúpus -, que já passaram por uma cirurgia na tireoide, que tiveram tireoidite no pós-parto façam o exame.

 

Não deixe de conversar com o seu médico para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto.

Ultrassom na gravidez

Ultrassom na gravidez

Mamães de primeira viagem sempre se perguntam: quantas ultrassonografias precisam ser feitas durante a gravidez e com qual frequência?

O ultrassom obstétrico, se possível, deve ser feito a cada trimestre de gravidez. Em um primeiro momento, é solicitado um ultrassom pélvico, de preferência por via transvaginal, para determinação do número de embriões e sua vitalidade, confirmação da idade gestacional (tempo de gravidez) e identificação da presença de anormalidades no desenvolvimento da gestação.

Entre a 11° e a 14° semana de gestação é indicado realizar um exame específico chamado “ultrassom morfológico do 1° trimestre”. Nesta ultrassonografia será avaliada a medida da translucência nucal (TN), que é um acúmulo de líquido no nível da nuca observado em todos os fetos nesse período de gestação. Ele serve para saber se a gestação terá um maior risco para a Síndrome de Down e outras anormalidades cromossômicas que cursam com malformações, principalmente as cardíacas, mais freqüentes.

 

Sexo do bebê

Depois de saber que o bebê está saudável, o que os pais mais desejam é saber seu sexo, que só é possível detectar com precisão a partir da 16° semana, através de uma ultrassonografia obstétrica simples.

 

Detectando malformações

Entre a 20° e 24° semana de gestação é indicado o “ultrassom morfológico fetal do segundo trimestre”, por ser a melhor época para a detecção de malformações no bebê. O exame de ultrassom morfológico analisa com detalhes quase todas as estruturas do feto, observando até cerca de 85% das possíveis deformidades ou deficiências.

 

Ouvindo o coração

A “ecocardiografia fetal” com Doppler é indicada com a finalidade de detectar anomalias cardíacas e o melhor período para fazer este exame é a partir da 26° semana de gestação.

 

Reta final

Do terceiro trimestre em diante indica-se um “ultrassom obstétrico” para avaliação do crescimento, peso e posição do bebê, além do líquido amniótico e da placenta.

Etapas do parto normal

Etapas do parto normal

Está chegando a hora do bebê nascer, a barriga está pesada, os pés inchados, a ansiedade está a mil e aí começam as contrações. É a primeira fase do trabalho de parto.

Quando a mulher está em trabalho de parto normal ela passa por 3 períodos distintos, chamados de período preparatório, de dilatação e expulsivo. Vamos ver como eles funcionam a seguir:

 

Período preparatório

Caracteriza-se pelo começo das contrações uterinas, que se coordenam e regularizam com ritmo cada vez mais frequentes. Elas são sentidas como um desconforto de intensidade e têm duração crescente, ou seja, vai aumentando com o passar do tempo. As contrações têm como função preparar o colo uterino, causando seu amolecimento, afinamento, mudança de posição e o início lento de sua dilatação.

Nesse período poderá ocorrer também a saída do tampão mucoso pela vagina, que é uma secreção espessa produzida pelo colo do útero no primeiro mês de gestação e que “bloqueia” o próprio colo do útero. Sua função é a de proteger o útero, evitando que bactérias e infecções cheguem até ele. Essas contrações são curtas, durando, geralmente, de 20 a 40 segundos.

A fase preparatória funciona como se fosse um aquecimento para o próximo período, podendo durar em média cerca de 16 a 20 horas na sua primeira gravidez e de 12 a 16 horas nas gestações subsequentes.

 

Dilatação

Após o período preparatório, a mulher entrará no período de dilatação, que terminará com a dilatação total e completa do colo do útero, quando atingir 10 centímetros (tamanho aproximado da cabeça de um bebê de nove meses). Esse é considerado o momento ideal para a internação hospitalar, quando a mulher deverá estar com as contrações uterinas mais fortes e regulares, com duração média de 40 a 60 segundos.

 

Fase ativa do trabalho de parto:

Nessa fase sua bolsa pode se romper sozinha. A partir deste período, a velocidade da dilatação será mais “rápida e constante”, de aproximadamente 0,8 a 1,5 centímetro por hora, sendo em média, 1 cm/hora na sua primeira gestação, e 1,5 cm/hora a partir da segunda gestação, que evoluirá mais rapidamente.

O tempo de dilatação e progressão do parto normal será ainda mais curto no caso da bolsa já ter estourado ou for rompida pelo médico com o objetivo de aumentar as contrações uterinas e acelerar ou regularizar um trabalho de parto lento ou anormal. Mulheres obesas podem ter uma duração do trabalho de parto significativamente mais longo e demorado.

 

Período expulsivo ou nascimento 

Enfim, após a descida do bebê que ocorre no período de dilatação, a mulher entra no chamado período expulsivo final, o nascimento.

A duração total do trabalho de parto natural e espontâneo costuma ser em média 12 horas ou mais. Existe uma exceção, quando acontece um parto muito rápido, no qual do início do trabalho de parto ao nascimento se passam 4 horas ou menos. Esse tipo de parto é chamado de “taquitócico” e é pouco frequente.

Mudança de hábitos na gestação: o que pode e o que não pode durante a gravidez?

Mudança de hábitos na gestação: o que pode e o que não pode durante a gravidez?

Muitas dúvidas acerca do que é ou não permitido durante a gestação surgem principalmente devido aos mitos que existem e vêm se arrastando por gerações. É importante conversar com seu obstetra para esclarecer quaisquer dúvidas, mas vamos listar algumas aqui que podem te ajudar:

Posso tingir os cabelos?

Depende. A utilização de produtos químicos, principalmente à base de amônia ou metais pesados, não é recomendada nessa fase. O contato dessas substâncias com o couro cabeludo pode fazer com que elas sejam absorvidas e levadas à circulação sanguínea e, assim, cheguem ao feto. Entre as opções, estão tinturas sem amônia, xampus tonalizantes e hennas naturais. Mesmo assim, o melhor é evitar tingir os cabelos antes das 14ª ou 16ª semanas de gestação, quando o feto ainda está se formando.

Não consigo largar o cigarro, posso fumar?

Não! O hábito de fumar faz mal em qualquer fase da vida, mas especialmente durante a gravidez ele está formalmente contraindicado. A gestante que fuma pode ter sérios problemas de circulação sanguínea da placenta. Isto pode prejudicar muito a chegada de oxigênio e nutrientes para o bebê, podendo causar não apenas retardo de crescimento do feto como também, por exemplo, descolamento prematuro da placenta, ruptura precoce da bolsa d’água, diminuição do líquido dentro da cavidade uterina, entre outros problemas.

Adoro um salto alto. Posso continuar usando?

Até quando for possível. Você mesma irá notar que à medida que a barriga cresce, o ponto de equilíbrio da mulher também se modifica. Recomenda-se dar preferência aos sapatos confortáveis, sem salto e com base larga, evitando a chance de quedas. Além de não prejudicarem a coluna, são confortáveis para os pés, que tendem a inchar ao longo do dia.

Posso ir à praia ou praticar exercícios à luz do sol?

Tudo com muita proteção! Devido à mudança hormonal que ocorre durante a gravidez, a pigmentação da pele pode aumentar irregularmente em algumas áreas, como no rosto. Por isso, durante essa fase, principalmente após o segundo trimestre da gestação, o uso de alguns tipos de protetores solares é indicado. Ainda assim, banhos de sol em excesso devem ser evitados, pois podem aumentar as manchas da pele.

Pílula anticoncepcional e amamentação

Pílula anticoncepcional e amamentação

A amamentação é sempre motivo de muitas dúvidas e insegurança para as novas mamães. Um dos questionamentos mais comuns é sobre o uso de anticoncepcional nesse período. Afinal, a pílula pode afetar a amamentação de alguma forma, interferindo, por exemplo, na qualidade do leite?

A resposta é: dependendo da pílula, sim! Nos primeiros meses seguintes ao nascimento do bebê não são todos os métodos anticoncepcionais que podem ser adotados pela mulher, pois alguns deles podem afetar a quantidade e qualidade do leite produzido durante a amamentação.

As pílulas que contêm estrógeno não são recomendados por representarem risco à produção do leite materno. Geralmente recomenda-se anticoncepcionais que contenham progesterona para os primeiros meses de lactação.

Existem ainda outro métodos contraceptivos que podem ser uma alternativa para a mulher que está amamentando, como o DIU (dispositivo intrauterino), o diafragma e até mesmo a laqueadura – desde que tenha sido uma decisão bastante consciente e convicta, pois trata-se de um método definitivo. Converse com seu ginecologista para discutir as melhores opções para você 🙂