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Infertilidade

Conheça o procedimento

A infertilidade afeta cerca de 15% dos casais no mundo e em ¼ deles não se identificam as causas. Nas últimas décadas, muitas mulheres casaram-se ou estabeleceram relações estáveis após alcançarem outros objetivos, como estabilidade profissional e financeira, postergando o desejo de ter filhos. A média da idade das mulheres que desejam sua primeira gravidez aumentou nos últimos  anos e encontra-se em torno de 30 anos.

Nesse cenário, poderíamos dizer que o desejo de gravidez coincide com o início do declínio da sua fertilidade e o aumento do risco de infertilidade.

A abordagem desses casais deve ser cuidadosamente detalhada, com uma investigação minuciosa e ampla, pois as causas de infertilidade são inúmeras.

Os fatores de infertilidade podem ser didaticamente divididos em:

Fatores masculinos

Dentre os fatores masculinos, a varicocele é o principal deles, definida como uma dilatação das veias do plexo pampiniforme, com incidência de 15% da população masculina geral e 40% da população infértil. Temos ainda as causas infecciosas, sendo os microorganismos mais relacionados à infetilidade a Chlamydia trachomatis e o ureaplasma urealyticum. Apesar de não ter o mesmo impacto que no fator feminino, a idade também é uma causa de infertilidade masculina, já que a espermatogênese atinge um platô aos 55 anos e diminui a partir de então. Devemos mencionar ainda, os fatores ambientais e comportamentais, o uso de determinados medicamentos e as disfunções ejaculatórias.

 

Fatores tubo peritoneal/ endometriose

Entre os fatores tubo peritoneais a Endometriose aparece com alta prevalência, podendo estar presente em até 50% das mulheres infertéis, causando imensa distorção da anatomia pélvica feminina em estágios mais avançados. Ainda aparecem as causas infecciosas genitourinárias e gastrointestinais.

 

 

Fatores ovarianos

A Síndrome dos Ovários policísticos aparece de forma relevante por causar entre outras doenças, a anovulação crônica hiperandrogênica, acometendo 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Caracterizada por irregularidae menstrual, infertilidade, acne, alopécia ou hirsutismo é considerada a causa mais frequente de infertilidade de origem ovariana. A Endometriose ovariana é outro fator importante por acometer a reserva e a qualidade dos óvulos.

A obesidade também é outra causa de anovulação crônica e consequentemente de infertilidade.

A idade é o fator prognóstico mais importante da chance que a mulher tem de engravidar. Estudos demonstram a ocorrência de uma espoliação oocitária fisiológica ao longo da vida que se acentua após os 37 anos de idade.

Devemos citar ainda, as endocrinopatias, as doenças autoimunes, as doenças genéticas, os fatores ambientais e comportamentais.

 

Fatores uterinos

O processo de implantação embrionária pode ser comprometido por algumas alterações do miométrio e do endométrio, destacando-se:

 

  • Malformações Mullerianas
  • Miomas
  • Pólipos
  • Sinéquias
  • Endometrites

Técnicas de Baixa Complexidade: IIU

A inseminação intrauterina envolve a disposição purificada e concentrada de espermatozoides móveis diretamente na cavidade uterina, sincronizada à ovulação, em um ciclo natural ou com estimulação ovariana. É uma ferramenta menos onerosa, tecnicamente mais simples e eficaz no arsenal das tecnologias reprodutivas.

Deve ser considerado um procedimento valioso para casais em que a mulher tem idade menor de 35 anos e com duração de infertilidade não maior que 4 anos, com fator de infertilidade inexplicável, fator cervical uterino ou fator masculino leve.

A estimulação ovariana deve ser realizada em casais selecionados e o monitoramento ultrassonográfico é mandatório nesses casos.

Técnicas de Alta Complexidade: FIV e Transferência Embrionária

A primeira fertilização extracorporeal foi realizada em 1944 e em 1973 foi relata a primeira transferência de embrião para recipiente materno. Mas o auge foi obtido com o nascimento de Louise Brown em 1978.

Embora as primeiras tentativas tenham sido realizadas em ciclos naturais, atualmente a maioria dos centro de medicina reprodutiva  utiliza medicamentos para obter o maior número de óvulos visando garantir a escolha dos melhores embriões.

A monitoração do desenvolvimento folicular e endometrial é imprescindível.

A coleta de óvulos é realizada em ambiente ambulatorial, com segurança, sedação rápida e breve permanência da paciente na Clínica de Reprodução Assistida. Após, é realizado o manuseio dos gametas e embriões pelos embriologistas em ambiente laboratorial com adequada estrutura físicas e de excelente qualidade técnica.

A Transferência Embrionária é uma das etapas mais importantes do ciclo, devendo ser cuidadosamente planejada, com conhecimento prévio do canal do colo uterino e da cavidade endometrial, para se evitar dificuldades para a passagem do cateter de transferência . Esse procedimento é realizado na maioria das vezes sem a necessidade de procedimentos anestésicos e com auxílio de ultrassom, que proporciona visualizar a deposição do embrião no local mais adequado a 1,5 cm do fundo uterino. Após doze dias da transferência é realizada o exame de gravidez, βHCG para diagnosticar se houve implantação embrionária, dando início ao ciclo gestacional por volta de 2 semanas depois após identificação ultrassonográfica do saco gestacional.